22% dos trabalhadores da Região Sul pretendem mudar de emprego

O índice é o menor do país. Mais escolarizados e com melhor renda são os mais satisfeitos com o trabalho.

25/07/2023, 12:41
Atualizado há 10 meses
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Por Fabiano Rambo
Mudar de trabalho (Foto: Ivan Carlos de Paula/DALL-E)Mudar de trabalho (Foto: Ivan Carlos de Paula/DALL-E)

A Região Sul é uma referência nacional. A nova pesquisa da Federação dos Bancos (Febraban) em parceria com o Ipespe demonstrou que 22% da população destes três Estados tem interesse em mudar de profissão nos próximos 12 meses. Pode até parecer bastante, mas é o menor índice em todo o país. Demonstra que há oportunidade para os colaboradores crescerem dentro das organizações e no mundo do trabalho. Basta ter foco, dedicação e estudo. Santa Catarina, por exemplo, tem a menor taxa de desemprego do país, com 3,8%.

A pesquisa da Febraban/Ipespe foi realizada entre os dias primeiro e sete de julho de 2023, com três mil entrevistados, respeitadas as características estatísticas de proporcionalidade, com margem de erro de 1,8% p.p e intervalo de confiança de 95%. Entre as regiões onde a população pretende mudar mais de emprego, o destaque está para o Norte, com 40% dos brasileiros com essa pretensão; com o Nordeste, com 39%; Centro-Oeste, com 33%; e Sudeste, com 32%. Na média geral, 33% dos brasileiros contam com esse planejamento.

Chama atenção, pela pesquisa, que profissões tradicionais são as mais lembradas e prestigiadas, como a de médico (a), citada por 89% dos entrevistados. A lista segue com Engenheiro (a), veterinário (a), cientista, empresário (a) e desenvolvedor de software. O fim da fila, depois todos as outras profissões, aparece “político (a)”, demonstrando o desprestigio da classe frente a sociedade, o que também precisa ser revisto porque são os políticos que governam as comunidades. E, se ninguém se interessar por ela, desonestos podem se aproveitar da ocasião. Algo para sociedade colocar no divã.

A pesquisa também quis saber a opinião dos brasileiros sobre o futuro das profissões. Pasmem: ocupações tradicionais, como professor, enfermeiro, bombeiro, agricultor e psicólogo, foram as mais apontadas. Depois destas, aparece “cientista”. Desta vez os políticos, só perderam para a profissão de influenciador digital, inclusive na visão dos millenials, onde se esperava que profissões mais relacionadas a este mundo tivessem melhor aceitação.

Por fim, se percebeu, pelo levantamento, quem estudou mais se sente mais feliz em relação ao trabalho e os índices que sugerem uma mudança de emprego são menores. Alinhados com os segmentos menos satisfeitos, têm maior intenção de buscar novas oportunidades com a mudança de profissão aqueles entrevistados de menor escolaridade (41%) e menor renda (39%), as mulheres (36%) e os residentes no Norte (40%) e Nordeste (39%).

Diz o ditado: “o cavalo encilhado passa uma vez”. Porém, pode-se acrescentar: “faz a tua parte que passará outro”.