Mundo deverá alcançar 10 bilhões de pessoas até 2050

Crescimento populacional deverá acontecer em nove países, seis deles do continente africano

23/08/2023, 12:46
Atualizado há 9 meses
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Por Fabiano Rambo
Mundo deverá alcançar 10 bilhões de pessoas até 2050 (Foto: Ivan Carlos de Paula/DALL-E)Mundo deverá alcançar 10 bilhões de pessoas até 2050 (Foto: Ivan Carlos de Paula/DALL-E)

O mundo deverá ter 10 bilhões de habitantes em 2050. A projeção é do ex-presidente do Brics, o Doutor em Economia e cientista social, Marcos Troyjo, que esteve na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), na última semana para comentar o posicionamento do Brasil no cenário internacional. Foi uma verdadeira aula de geopolítica e perspectivas econômicas para o mundo.

Troyjo mandou um recado direto para o país: “O agronegócio é extraordinariamente importante e o Brasil não se desenvolverá sem ele, mas também não se desenvolverá apenas com ele porque terá que agregar valor em diferentes setores”. Ou seja, para alcançar um nível de desenvolvimento mais longevo e sólido vamos precisar da indústria e da manufatura, as quais perderam espaço importante na formação do PIB nos últimos anos.

Não é desprezar a força trabalhadora dos milhares de empresários rurais do país, mas sim lembrar que ainda nossa indústria não pode ser esquecida. Santa Catarina faz o dever de casa. Troyjo, no início de sua fala, ressalta que o Estado, se fosse um país, estaria entre os 40 mais ricos e importantes do mundo. O segredo é a diversificação econômica e o Brasil é uma soma de potencialidades ainda não exploradas. Seja pela sua crescente população, área, geografia, água e clima. Tudo acrescenta para o sucesso econômico.

 

Quem vai alimentar o mundo?

O crescimento populacional, na opinião do ex-presidente do “Novo Banco de Desenvolvimento”, acontecerá em nove países: índia, Paquistão, EUA (menor nível), Nigéria, Uganda, Quênia, Etiópia, República do Congo e Tanzânia. A pergunta é: quem vai alimentar essa população?

Troyjo para responder a esse questionamento parte do princípio de que os sete países emergentes - China, Índia Brasil, Indonésia, México, Arabia Saudita e Turquia – serão a chave para alimentar o mundo e, por consequência, nações com alto poder de alcançar o desenvolvimento econômico. Os Emergentes somam hoje um PIB de U$ 60 trilhões, 20% mais do que os países do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália e Reino Unido). O mundo está mudando e a velocidade será rápida.

O crescimento virá de países com uma grande população. Se um país, como a Índia que possui 1,5 bilhão de habitantes aumentar sua renda percapita (hoje U$2.500), onde sua população vai gastar o excedente de renda?! Não há dúvida, em alimentos. E alguém terá de produzir! Neste caso, o Brasil.

Somos uma nação de oportunidades, só as vezes esquecemos disso!