Por Felipe Eduardo
A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu nesta quinta-feira (29) o Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação, durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da entidade, realizada em Paris, na França. O novo status sanitário representa um marco histórico para a pecuária nacional e consolida o esforço conjunto entre produtores, governos e entidades representativas do setor.
A cerimônia contou com a presença de autoridades brasileiras do agronegócio, como o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins; a vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), senadora Tereza Cristina; e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo b.
Em nota, a CNA destacou que o reconhecimento internacional reforça o compromisso do setor agropecuário e dos produtores rurais com a sanidade dos rebanhos e com a qualidade dos produtos ofertados aos mercados internacionais.
“Para a CNA, [o reconhecimento] é fruto de um esforço conjunto de anos entre o Estado e o setor privado e de ações coordenadas para a retirada gradual da vacina, de acordo com o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA)”, afirmou a entidade.
A confederação ressaltou ainda que o processo de retirada da vacinação foi realizado de forma segura, com base na evolução dos estados em relação ao cumprimento de requisitos sanitários mínimos. Ao longo dos cerca de dez anos de execução do PNEFA, estudos soroepidemiológicos indicaram a ausência de circulação do vírus da febre aftosa no território nacional.
Apesar da suspensão da vacinação, a CNA frisou que o Brasil continuará implementando rigorosas ações de vigilância e controle sanitário.
“É fundamental o papel dos pecuaristas e seus colaboradores, que estão na linha de frente e têm a responsabilidade de notificar o Serviço Veterinário Oficial (SVO)”, afirmou a confederação.
A febre aftosa é uma das doenças mais temidas da pecuária mundial por seu alto poder de disseminação e pelos impactos econômicos significativos. No Brasil, o combate à doença começou oficialmente em 1950, culminando na criação do PNEFA em 2017, com o objetivo de erradicação completa até 2026.
O reconhecimento pela OMSA vem um ano após o governo federal já ter classificado o país como livre de febre aftosa sem vacinação e representa mais um passo decisivo para consolidar a imagem do Brasil como potência agropecuária comprometida com a segurança sanitária e a excelência na produção de proteína animal.
