Por Henrique Paulo
A propriedade do agricultor Antonio Kleinschmit, localizada no interior de Pinhalzinho (SC), tornou-se a primeira da zona rural do município a receber um sistema completo de saneamento básico. A instalação faz parte de um projeto-piloto coordenado pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS), em parceria com a prefeitura.
O sistema implantado inclui coleta e tratamento de esgoto, abastecimento de água potável, drenagem adequada e gestão de resíduos sólidos — um conjunto de serviços essenciais que, embora comuns nas áreas urbanas, ainda são inacessíveis para milhares de famílias no campo.
Segundo o diretor-geral da ARIS, Adir Faccio, o objetivo é promover mudanças concretas na qualidade de vida da população rural. “Não se trata apenas de infraestrutura, mas de saúde, dignidade e cuidado com o meio ambiente”, destacou.
O chefe do executivo, Alessandro Beltrame, acompanhou a instalação e reforçou a importância da ação. Para ele, além dos benefícios diretos à saúde dos moradores, sendo um investimento na preservação dos recursos naturais, evitando a contaminação de solos, rios e nascentes.
“Quando o esgoto é tratado de forma correta, a terra continua fértil, a água permanece limpa e as pessoas colhem os frutos dessa responsabilidade”, afirmou.
Atualmente, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 40% das propriedades rurais brasileiras ainda não têm acesso a esgotamento adequado. Esse cenário reforça a importância de iniciativas como a de Pinhalzinho, que pode se tornar referência para outras cidades.
Além dos impactos ambientais, os benefícios econômicos também são significativos: estudos apontam que, a cada R$ 1 investido em saneamento básico, economiza-se R$ 4 em saúde pública, devido à redução de doenças transmitidas por líquidos contaminados.
O projeto-piloto nas terras de Antonio Kleinschmit será monitorado e avaliado para, posteriormente, ser replicado em outras áreas. A meta é ousada: universalizar a iniciativa até 2030.
