Por Felipe Eduardo
Com a intensificação da estiagem em várias regiões de Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil vem ampliando as ações de apoio aos municípios mais atingidos, especialmente no Oeste do estado. Entre as medidas adotadas estão a entrega de reservatórios de água e kits de transporte para garantir o acesso das comunidades à água potável.
A iniciativa tem caráter tanto emergencial quanto preventivo. Municípios que já decretaram situação de emergência, como Campo Erê, Arvoredo, Planalto Alegre, Romelândia e São Miguel da Boa Vista, estão sendo atendidos com prioridade. Já outras localidades, como Nova Itaberaba, Mondaí, Abelardo Luz, Jupiá e Ipiaçu, estão recebendo os equipamentos de forma preventiva.
“Publicamos, em dezembro do ano passado, uma Instrução Normativa que prevê a destinação preventiva de reservatórios e kits de transporte de água. Assim, os municípios que têm maior suscetibilidade à estiagem podem solicitar os itens antes que a situação se agrave, o que já está acontecendo no estado”, explica o coronel Fernando Ireno Vieira, gerente de Logística e Assistência Humanitária da Defesa Civil.
Segundo ele, o ritmo de atendimento tem se acelerado desde o agravamento da estiagem no final de fevereiro. Os kits fornecidos incluem dois reservatórios de 5 mil litros montados em caminhões, equipados com bomba para retirada e distribuição de água. Os reservatórios fixos, por sua vez, têm capacidade que varia de 5 mil a 20 mil litros.
Nos municípios atendidos, os equipamentos estão sendo instalados em pontos estratégicos das comunidades. Caminhões abastecem os reservatórios com água potável, que pode ser coletada pelas famílias. A medida tem sido essencial principalmente em áreas do interior, onde o abastecimento dependia de poços que secaram devido à falta de chuvas.
No caso do fornecimento preventivo, os municípios precisam firmar um termo de compromisso com o Governo do Estado, garantindo a infraestrutura necessária para instalação e funcionamento dos reservatórios. Os pedidos são analisados pela Gerência de Assistência Humanitária da Defesa Civil, com base em critérios técnicos definidos em normativas internas.
