Na noite de 31 de julho de 2023, a vida de Gabriel Henrique da Silva Oliveira, então com 21 anos, mudou para sempre. Sua companheira, Isabela Cristina Teixeira, de 20 anos, entrou em trabalho de parto das filhas gêmeas na Santa Casa de Franca, no interior de São Paulo.
O nascimento de Ísis e Liz foi marcado por complicações graves. Isabela sofreu eclâmpsia — uma condição rara e grave da gravidez — e precisou ser submetida a procedimentos de emergência. Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu.
Isabela não chegou a conhecer as filhas, que nasceram saudáveis. Ainda no hospital, Gabriel, tomado pelo luto, tornou-se pai solo de duas recém-nascidas.
A partir daquele momento, o jovem reorganizou toda a sua rotina. Pediu licença do trabalho, mudou-se para a casa dos pais e passou a contar com o apoio da própria família e da família de Isabela.
Vieram os primeiros meses de mamadeiras, cólicas, noites mal dormidas e consultas médicas. Gabriel participou de cada momento — o primeiro banho, o engatinhar, as primeiras palavras e os primeiros passos. Mesmo sem a presença da mãe, as gêmeas cresceram cercadas de afeto e atenção.
Gabriel também fez questão de manter decisões que Isabela havia tomado antes do parto, como os nomes das meninas e a escolha do plano de saúde.
“Ser pai hoje é uma alegria. Eu me sinto amado, e poder prover e proporcionar tudo para elas é uma felicidade imensa. Tudo que eu vivi aquele dia, e tudo que eu vivo agora são coisas distintas.”