No interior do município de Pinhalzinho, no Oeste de Santa Catarina, uma atividade pouco comum nos dias atuais é mantida por duas gerações que resiste ao tempo e à modernidade.
Na linha São Paulo, pai e filho trabalham lado a lado forjando ferramentas, peças agrícolas e histórias que atravessam décadas. José Rayzer, de 67 anos, começou a moldar ferro ainda jovem, quando aprendeu o ofício com o sogro. Desde então, não abandonou mais. O barulho ritmado do martelo se tornou parte da sua rotina e, com o tempo, também de seu filho Cristian, de 30 anos, que decidiu seguir os passos dele.
Para exercer a profissão, a família Rayzer montou um barracão em frente a casa onde residem, mas há poucos meses fizeram uma mudança de endereço para uma propriedade rural, onde seguem mantendo técnicas tradicionais da ferraria, e se adaptando às novas demandas do campo.
"É um trabalho que exige paciência e respeito pelo material. Cada peça como enxada, foice... tem um jeito de ser feita", explicam.
Juntos, eles atendem agricultores e moradores da região. A clientela é fiel e, em muitos casos, já conhecem eles há muito tempo. "Eu gosto do que faço, o que mais me chamava a atenção era que vinha pessoas com problemas, aí então o meu pai ajuda a resolver", contou Cristian.