Por Henrique Paulo
O município de Pinhalzinho, deu um passo importante na luta contra a violência doméstica e no fortalecimento da proteção infantil com o lançamento de um projeto pioneiro voltado ao combate à violência contra crianças e adolescentes.
A iniciativa, que envolve uma parceria entre o Conselho Tutelar, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), foi oficializada em um encontro realizado nesta quarta-feira, 2 de abril. O objetivo principal é promover um ambiente mais seguro para os jovens e evitar situações de abuso e negligência dentro dos lares.
A iniciativa terá como foco a educação, oferecendo a pais e responsáveis a oportunidade de participar de grupos reflexivos. Esses encontros buscarão conscientizar os adultos sobre as consequências de agressões, além de proporcionar suporte emocional para melhorar o relacionamento familiar.
O prefeito Alessandro Beltrame, ressaltou que o assunto é complexo e reflete a importância de trazer soluções de enfrentamento. "É importante termos esse olhar atencioso quando falamos dessas violências, porque muitas vezes pode estar escondida e assim abrimos caminho para denúncias", completou.
Em entrevista, a promotora de Justiça, Daniela Carvalho Alencar destacou a importância da integração de diferentes entidades para o sucesso do projeto. "A parceria é essencial para garantir que as ações propostas tenham o alcance necessário. Estamos empenhados em fortalecer o convívio dentro das residências, evitando desentendimentos e aprimorando comportamentos", afirmou.
O juiz de Direito, Claudio Rego Pantoja também reforçou a relevância da iniciativa. "A atuação conjunta entre todos os envolvidos busca, principalmente, a prevenção. Ao promover a reflexão dos pais sobre suas atitudes, esperamos que as famílias possam se fortalecer e, assim, proporcionar um ambiente saudável para o desenvolvimento das crianças e adolescentes", ressaltou.
O curso de psicologia da Unoesc será responsável pelo acompanhamento dos encontros, e segundo o coordenador Álvaro Mahl a ideia é oferecer além de orientação profissional aos participantes. "O acompanhamento psicológico é fundamental, pois muitos dos casos de violência têm raízes em problemas emocionais e sociais. Nosso trabalho é ajudar os pais a entenderem suas próprias emoções ", concluiu.
