Por Felipe Eduardo
O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió, capital de Alagoas. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o julgamento do último recurso apresentado pela defesa de Collor ser negado.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito das investigações da Operação Lava Jato, Collor aguardava o desfecho dos processos em liberdade. Com a decisão final da Justiça, ele começará a cumprir sua pena imediatamente.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Collor em 2015, acusando-o de ter recebido aproximadamente R$20 milhões em propinas entre os anos de 2010 e 2014. O valor teria sido pago em troca de sua atuação para viabilizar um contrato de troca de bandeira de postos de combustíveis com a BR Distribuidora, então subsidiária da Petrobras.
Segundo a denúncia, o esquema envolvia indicações políticas feitas por Collor para beneficiar interesses privados dentro da estatal.
Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a redemocratização do Brasil, em 1989, e também o primeiro a sofrer um processo de impeachment, em 1992. Desde então, manteve carreira política como senador por Alagoas.
Com a decisão do STF, o ex-presidente se junta à lista de figuras públicas de destaque condenadas e presas na esteira da Lava Jato, que marcou uma das maiores operações de combate à corrupção no país.
