Em Pinhalzinho, um grupo de futuros cidadãos já está aprendendo que honestidade, responsabilidade e atenção aos gastos públicos não são coisas só de adulto. Pelo segundo ano consecutivo, o Observatório Social do município realiza o programa Observador Social Mirim, voltado para estudantes do 4º ano das redes pública e privada.
A iniciativa, que já é um sucesso em Brusque e foi adaptada para a Capital da Amizade, leva para dentro das salas de aula um conteúdo sério, mas apresentado de forma leve e divertida. A cada encontro, os voluntários do Observatório mostram, por exemplo, como calcular impostos em compras do mercado, a importância de pedir nota fiscal, como identificar pirataria e por que combater a corrupção. Tudo isso é feito com exemplos práticos, jogos e materiais didáticos que despertam a curiosidade e o senso crítico das crianças.
Este ano, 370 alunos, cerca de 60 a mais do que em 2024, participam das atividades. Ao final, cada estudante recebe uma camiseta, uma lupa simbólica para “investigar” e uma revista recheada de informações para continuar atento mesmo fora da escola.
“A ideia é que eles levem esse conhecimento para a vida, entendendo seus direitos e deveres desde cedo”, destacou o coordenador do projeto em Pinhalzinho, Fábio Gialdi, em entrevista ao programa Radar da RCO.
O projeto acontece com o apoio do Sicoob, que patrocina todo o material por meio de programas de incentivo. Ao todo, são seis horas de curso divididas em dois dias. Depois disso, as crianças respondem um questionário para reforçar o aprendizado. Segundo professores e pais, o retorno é impressionante.
“No ano passado, muitos começaram a corrigir os pais quando viam algo errado, ou pediam a nota fiscal no mercado sem ninguém mandar”, contou Marcos Pilz, integrante do Observatório Social.
Com resultados tão positivos, a equipe já pensa em expandir o Observador Social Mirim para outras cidades. Afinal, como mostram os pequenos de Pinhalzinho, cidadania se aprende cedo — e com bons exemplos, ela cresce junto com a gente.