Por Felipe Eduardo
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o mais recente Informe Epidemiológico sobre as arboviroses em Santa Catarina, com dados atualizados até o dia 19 de maio de 2025. O cenário preocupa: foram notificados 80.034 casos de dengue no estado, dos quais 25.155 são considerados casos prováveis. Até o momento, nove óbitos pela doença foram confirmados, além de cinco que ainda estão sob investigação.
Em paralelo, a chikungunya também avança. O estado já confirmou quatro mortes em decorrência da doença e registra um expressivo aumento no número de casos: 2.012 notificações no total, sendo 810 prováveis e 610 confirmados. O município de Xanxerê lidera com 492 casos confirmados, seguido de Campo Erê (31), Itá (28) e Águas de Chapecó (23).
O mosquito Aedes aegypti, vetor das duas doenças, já teve 41.612 focos identificados em 257 dos 295 municípios catarinenses, sendo que 179 cidades são oficialmente classificadas como infestadas. Apesar da chegada do outono e da redução das temperaturas, as autoridades alertam que o risco de transmissão permanece alto.
“Mesmo no outono, os casos de dengue ainda podem ocorrer. Com a redução das temperaturas, que geralmente desacelera a reprodução do mosquito Aedes aegypti, é necessário prosseguir com as medidas preventivas, eliminando os locais com água parada”, ressalta João Augusto Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).
O perigo das arboviroses
A dengue pode causar febre alta, dores no corpo, náuseas e, em casos graves, levar à morte. Já a chikungunya é caracterizada por febre intensa, dor nas articulações, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. Ambas as doenças podem ter complicações sérias, principalmente em idosos e pessoas com comorbidades.
O combate ao mosquito é coletivo
A SES reforça que a colaboração da população é fundamental para conter o avanço da dengue e da chikungunya. Pequenas atitudes no dia a dia podem fazer grande diferença. Confira algumas ações simples e eficazes para eliminar criadouros do mosquito:
Mesmo fora do verão, o perigo permanece. A prevenção continua sendo a principal arma contra o Aedes aegypti e as doenças que ele transmite.
